Pular para o conteúdo principal

ELABORANDO O LUTO...

 Poucos temas da psicologia são tão carregados de tabu, quanto o processo de elaboração do Luto, as pessoas têm dificuldades de falar sobre o tema e consequentemente dificuldade de passar por esse processo.

O luto (do latim luctu) é um conjunto de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser humano. Segundo John Bowlby, quanto maior o apego ao objeto perdido que geralmente é a uma pessoa querida, seja ela amiga, familiar, ou pessoas de convívio e grupo de apoio, maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas, ou povos distintos e até mesmo em formas de sentir que são distintas para cada um.
O que pode caracterizar o processo de luto geralmente tem relações com as lembranças e relembranças da perda principalmente de ordem emocional, aliadas ao sentimento de tristeza e desamparo por manifestações de emotividade e choro. Este processo costuma evoluir dando vasão às lembranças e relembranças que são alternadas com situações de memórias que podem trazer a sensação de cenas agradáveis e desagradáveis, sem, necessariamente, serem acompanhadas de tristeza e/ou choro.
Além destes sentimentos múltiplos, é comum, que quem passa por esse processo elabore o luto manifestando sentimentos por manifestações de comportamentos por raiva, por hostilidade, por solidão, por agitação, e por ansiedade e a até mesmo por sentimentos de fadiga e falta de energia para elaboração de tarefas de rotina e do cotidiano. Sensações físicas como: "falta de energia", "embrulho no estômago" e "aperto no peito" também podem ocorrer.
A duração deste processo é inconstante e as reações podem variar na manifestação de sentimentos sendo difícil de serem previstos ou mensurados. O que sabemos é que no processo de elaboração do luto, de uma pessoa muito querida, vem seguido de uma notável falta de interesse pelo mundo exterior. Com o passar do tempo, o choro e a tristeza, e demais demonstrações de sentimentos de desamparo e tristeza vão diminuindo e é esperado que a pessoa consiga se reorganizar.
Esse processo pode ocorrer a longo prazo e os episódios de recaída são mais comuns do que se imagina. Caso alguém não consiga lidar de uma forma socialmente adequada relacionada a perda por mais de seis meses,e continue em intenso sofrimento e/ou não consiga se reorganizar, é considerado um luto patológico e é recomendável que se faça psicoterapia.
Todo esse período pode desencadear uma crise na família, pois exige a tarefa de renúncia, de excluir e incluir novos papéis ao grupo familiar. É então que existe, aí, uma complexidade, pois esta crise pode estagnar o desenvolvimento saudável da família.
Para a psicologia, é comum se referir às pessoas em processo de luto pela perda de um ente querido como "sobreviventes", como forma de reforçar positivamente a luta pela sobrevivência diante de desafios considerados difíceis. Caso esteja passando por um momento difícil como esse busque ajuda um profissional de psicologia ou psiquiatria, que poderá te ajudar a passar e elaborar esses sentimentos.
Aline De Negri Silva psicóloga CRP 07/15597
Aline.negri.silva@gmail.com Whats (51) 99353.2674

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A RELAÇÃO ACABOU... MAS OS NEGÓCIOS COM O EX COMPANHEIRO DERAM CERTO O QUE FAZER? Todo tipo de separação envolve algum tipo de sofrimento, desafetos ou ainda vem seguida por indisposição para conviver lado a lado com a pessoa que um dia foi o sonho na vida um do outro tanto pessoal quanto a nível profissional. Quando se tem um negócio, um bom negócio que deu certo e decidem se separar. Quando casais ou parceiros perdem o encantamento um pelo outro ao gerir um negócio juntos até mesmo pelo desgaste devido ao convívio contínuo normalmente os resultados não são bons em termos pessoais. Existem pessoas que conseguem ter a capacidade de discernir a relação dos negócios e outras que não, que optam por um comprar a parte do outro ou ainda separar a sociedade. Mas se optarem por seguir trabalhando em parceria existirão grandes desafios pela frente. Creio que o principal desafio é que se há um desgaste pessoal, mas não profissional, em determinado tempo, haverá a possibilidade de...

FECHADO PARA BALANÇO

FECHADO PARA BALANÇO                                                             Aline De Negri Silva  - PSICÓLOGA CRP 07/15597 E mais uma vez chegamos ao final de mais um ano...         Esse é um dos períodos que mais trazem sentimentos contraditórios nas pessoas que podem variar da euforia, entusiasmo, alegrias e expectativas, ao nervosismo, irritação, desapontamentos, tristeza e decepções. Toda data vem pautada de representações e significados e toda vez que se vira o ano, é bastante provável que as pessoas cheguem a uma espécie de “balanço” pessoal em que geralmente chegam à conclusão de que nem tudo saiu como estavam planejando ou até mesmo era pr...