Pular para o conteúdo principal

FECHADO PARA BALANÇO

FECHADO PARA BALANÇO
                                                           Aline De Negri Silva  - PSICÓLOGA CRP 07/15597

E mais uma vez chegamos ao final de mais um ano...       
Esse é um dos períodos que mais trazem sentimentos contraditórios nas pessoas que podem variar da euforia, entusiasmo, alegrias e expectativas, ao nervosismo, irritação, desapontamentos, tristeza e decepções.
Toda data vem pautada de representações e significados e toda vez que se vira o ano, é bastante provável que as pessoas cheguem a uma espécie de “balanço” pessoal em que geralmente chegam à conclusão de que nem tudo saiu como estavam planejando ou até mesmo era previsto.
A cada novo ano, é como se fosse feita uma fotografia da situação atual de sua vida para comparar com o anterior. À medida que os meses se passaram nesse período anual expectativas foram criadas, atitudes foram colocadas em prática em prol de objetivos, a maioria coloca objetivos materiais no rol de metas pessoais, como por exemplo: a tão sonhada casa própria, aquisição do primeiro carro ou um carro novo, a mudança de emprego, a tão sonhada promoção no trabalho, a formatura, a mudança de carreira, um filho, entre tantas outras...
Eis que o final de ano vem, e parte das pessoas vem carregadas de uma tristeza pessoal diante do “balanço” dos fatos vitais ocorridos no decorrer do período de um ano. E a pergunta que martela insistentemente: E porque a tristeza? Se o final de ano é uma época festiva? Se o Natal significa paz, alegria, fraternidade e generosidade.
Em geral as pessoas ao refletirem sobre os acontecimentos, costumam enxergar somente o lado negativo. E o que se fez de positivo, e as boas relações construídas ao longo do ano?
Problemas sempre vão ocorrer, fatos inesperados também aparecem. Cabe a cada um pensar sobre o que realmente vai levar em conta em seu balanço pessoal, se os problemas servirão como amadurecimento e enfrentamento pessoal ou como foco de desinteresse em encarar a vida de frente e fortalecimento para construção de uma base real em suas vidas.
Ao proporcionar alegrias verdadeiras, é necessário encarar as discordâncias e problemas de meses atrás, visualizando-os como um aprendizado e que sirva para construção de uma base pessoal, e que essa base venha a ser fruto de um trabalho que perdure para os próximos anos inteiros.
Caso contrário as luzes, os enfeites e a magia do período natalino só serviram para disfarçar o que não está bem em cada um.
E você? Qual é o seu balanço?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ELABORANDO O LUTO...

  Poucos temas da psicologia são tão carregados de tabu, quanto o processo de elaboração do Luto, as pessoas têm dificuldades de falar sobre o tema e consequentemente dificuldade de passar por esse processo. O luto (do latim luctu) é um conjunto de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser humano. Segundo John Bowlby, quanto maior o apego ao objeto perdido que geralmente é a uma pessoa querida, seja ela amiga, familiar, ou pessoas de convívio e grupo de apoio, maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas, ou povos distintos e até mesmo em formas de sentir que são distintas para cada um. O que pode caracterizar o processo de luto geralmente tem relações com as lembranças e relembranças da perda principalmente de ordem emocional, aliadas ao sentimento de tristeza e desamparo por manifestações de emotividade e choro. Este processo costuma evoluir dando vasão às lembranças e relembranças que são alternadas ...
A RELAÇÃO ACABOU... MAS OS NEGÓCIOS COM O EX COMPANHEIRO DERAM CERTO O QUE FAZER? Todo tipo de separação envolve algum tipo de sofrimento, desafetos ou ainda vem seguida por indisposição para conviver lado a lado com a pessoa que um dia foi o sonho na vida um do outro tanto pessoal quanto a nível profissional. Quando se tem um negócio, um bom negócio que deu certo e decidem se separar. Quando casais ou parceiros perdem o encantamento um pelo outro ao gerir um negócio juntos até mesmo pelo desgaste devido ao convívio contínuo normalmente os resultados não são bons em termos pessoais. Existem pessoas que conseguem ter a capacidade de discernir a relação dos negócios e outras que não, que optam por um comprar a parte do outro ou ainda separar a sociedade. Mas se optarem por seguir trabalhando em parceria existirão grandes desafios pela frente. Creio que o principal desafio é que se há um desgaste pessoal, mas não profissional, em determinado tempo, haverá a possibilidade de...